A língua polonesa, também conhecida como polaco, é o idioma oficial da Polônia, nono maior país da Europa e localizado na região central do continente. Trata-se da língua eslava mais falada depois do russo, com cerca de 60 milhões de falantes, dos quais a grande maioria está no próprio país de origem.
Além da Polônia, o polaco também é bastante utilizado em países como Lituânia, Bielorrússia e Ucrânia. Ainda existem comunidades menores localizadas em países como o Brasil, Reino Unido, França, Estados Unidos e Argentina.
Quer saber as curiosidades do polaco e da Polônia? Separamos algumas para você.
1. Polonês: uma língua eslava
O polonês integra o grupo das línguas consideradas eslavas, que podem ser divididas em três grupos. As línguas eslavas orientais, que são o russo, o bielorrusso e o ucraniano; as línguas meridionais, que contemplam búlgaro, croata, esloveno, macedônio e servo-croata; e, por último, as línguas eslavas ocidentais, que, além do polonês, contam com o eslovaco e o tcheco. Inclusive, o tcheco é uma das línguas que mais exerceu influência no polaco.
Hoje, calcula-se que as línguas eslavas são faladas por mais de 300 milhões de pessoas nos quatro cantos do mundo.
2. Os poloneses no Brasil
Os poloneses têm uma história antiga com o Brasil. A imigração polonesa para o país começou lá no século XVII, com a vinda de pessoas para lutar, ao lado dos holandeses, contra portugueses e espanhóis que aqui estavam.
Mais tarde, no século XIX, mais poloneses arrumaram as malas e vieram para cá quando o governo brasileiro incentivou a vinda de imigrantes para substituir a mão-de-obra escrava. Nesta época, os nascidos na Polônia buscavam condições de vida melhores, uma vez que o país atravessava uma crise rural.
Os poloneses se instalaram principalmente na região Sul do Brasil, no Rio Grande do Sul, no Paraná e em Santa Catarina. Aliás, Curitiba, a capital paranaense, é a segunda cidade fora da Polônia com o maior número de habitantes de origem polonesa.
Estima-se que entre os anos de 1890 e 1891, houve uma intensificação dessa imigração, quando desembarcaram no Brasil aproximadamente 80 mil polacos para trabalhar, sobretudo, nas lavouras de café.
3. Números do polonês
O alfabeto polaco é formado por 32 caracteres; dos quais oito são vocálicos e os demais 24 são consonânticos. Ah, e não existem artigos em polonês. Os artigos definidos (o, a, os, as) não são substituídos nesta língua porque eles simplesmente não existem!
Vale lembrar também que o polonês é escrito com o alfabeto latino, ao contrário do russo, por exemplo. Porém, existem alguns símbolos e combinações de letras especiais, tais como: ć, ń, ó, ś e ż.
4. Papa, Nobel e o homem mais forte do mundo
Entre as personalidades polonesas de destaque mundial, talvez o mais emblemático seja Karol Józef Wojtyła, conhecido como Papa João Paulo II, um dos mais carismáticos líderes da Igreja Católica. Karol nasceu em 1920, em Wadowice, a 50 km de Cracóvia.
A Polônia também foi o local de nascimento de figuras importantes como Nicolau Copérnico, matemático e astrônomo, criador da teoria que afirmava que o Sol era o centro do Universo, e não a Terra, como se pensava na época. Outro grande polonês foi Frédéric François Chopin, um dos maiores compositores e pianistas da história da humanidade.
Ainda no campo das artes, a literatura polaca já conquistou nada menos do que cinco prêmios Nobel: Henryk Sienkiewicz (1905), Władysław Reymont (1924), Czesław Miłosz (1980), Wisława Szymborska (1996) e, mais recentemente, Olga Tokarczuk (2019).
Cinco também é o número de vitórias do polonês Mariusz Pudzianowski como o “Homem Mais Forte do Mundo”.
5. País do esperanto
O esperanto, a língua artificial mais falada no mundo, foi criada na Polônia. Seu criador? Ludwik Lejzer Zamenhof, um oftalmologista polonês-judeu. Zamenhof tinha como idiomas nativos o russo, o iídiche e o polonês, mas o inventor ainda era fluente em alemão.
Hoje, a Polônia é um dos países que mais reúnem praticantes do esperanto.