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Dos cinco continentes presentes no globo, a Europa é o quarto em termos de extensão territorial. São 10.180.000 km² de área, contra os 43.410.000 km² da Ásia, o maior de todos nesse quesito. A densidade demográfica, porém, tem índice alto. Considerando uma população geral de aproximadamente 740 milhões de pessoas, são mais de 70 habitantes por km², perdendo apenas para a Ásia (quase 90 habitantes por km²).
O continente europeu é caracterizado por uma enorme quantidade de países em um território relativamente pequeno. São cerca de 50 países distribuídos em seu território, e o país com a maior extensão territorial é a Rússia (que também faz parte da Ásia, não se pode esquecer), e o menor é o Vaticano, sede oficial do Papa, líder maior da Igreja Católica.
São 287 línguas vivas existentes hoje na Europa
Essa grande variedade de culturas e tradições se reflete nas línguas faladas. Há uma grande quantidade de idiomas muito diferentes falados em uma área bem próxima. De acordo com o compêndio Ethnologue, hoje existem 287 línguas vivas na região, que representam 4% de todo o planeta. A Suíça é o país com mais línguas oficiais, quatro: francês, italiano, alemão e romanche. Já a Bélgica conta com três idiomas oficiais: holandês, francês e alemão.
Quando olhamos para os 28 membros da União Europeia, encontramos 24 línguas oficiais. São elas: alemão, búlgaro, checo, croata, dinamarquês, eslovaco, esloveno, espanhol, estoniano, finlandês, francês, grego, húngaro, inglês, irlandês, italiano, letão, lituano, maltês, holandês, polaco, português, romeno e sueco. Dentro da União Europeia, existem mais de 60 línguas consideradas regionais, as quais são faladas por aproximadamente 40 milhões de pessoas, entre eles o basco, o catalão, o galês e o lapão.
Cidadão trilíngue: um dos objetivos da União Europeia
Existe um movimento interessante na Europa que incentiva todos os europeus a falar duas línguas além de seu idioma vindo de berço. Os motivos? Basicamente, são quatro argumentos apresentados. A primeira considera que, com novas competências linguísticas, as pessoas possam estudar e trabalhar fora de seu país, o que abre um leque maior de oportunidades profissionais dentro da Europa. O segundo está ligado à aproximação de pessoas com culturas distintas, a fim de fortalecer a comunidade europeia como um todo.
O terceiro ponto visa favorecer as empresas, que precisam de pessoas habilitadas em outros idiomas para fomentar os negócios. O segmento de línguas – tradução e interpretação, ensino de línguas, entre outros -, é um dos setores da economia que mais cresce nos últimos tempos.
Mas será que os europeus aprovam essa política sugerida pela União Europeia? Uma pesquisa recente sobre a relação dos europeus com as línguas aponta que sim. 72% concordam com o objetivo da UE de todos os europeus falarem pelo menos 2 línguas estrangeiras. E 77% acreditam que a melhoria dos conhecimentos linguísticos deve ser uma prioridade política.
Além disso, nada menos do que 98% dos entrevistados consideram que falar línguas estrangeiras é útil para o futuro dos filhos. Já para 88% dos cidadãos europeus, conhecer outras línguas, além da sua língua materna, é muito útil.