Foto de Amelia Bartlett na Unsplash

Conhecer em detalhes a própria língua é muito importante para se comunicar de forma mais clara e assertiva. É fato que a língua portuguesa é conhecida por ser um idioma complexo, mas também é verdade que dominar nossa língua é sim totalmente possível. 

Para tanto, é preciso ter a mente aberta para aprender. E ir além dos ensinamentos básicos dos tempos de escola.

Pensando em contribuir nessa jornada de conhecimento, separamos 5 regras da língua portuguesa que você precisa saber para evitar ruídos na comunicação.

1. As diferenças de por que, por quê, porque e porquê

Por que as diferenças entre eles são tão confundidas no dia a dia? Talvez pela proximidade dos termos. Em todo caso, quando compreendemos as funções de cada um, fica fácil lidar com eles. Vamos lá!

Por que: dá a ideia de “por qual motivo”, “por qual razão” e “pelo qual”. É utilizado em perguntas. Exemplo: por que você não foi ao cinema?

Por quê: usa-se em interrogações, e aparece no final da frase. Exemplo: você não foi ao cinema no final de semana. Por quê?

Porque: trata-se de uma conjunção explicativa, tem a mesma função de “pois”. É utilizado em respostas. Exemplo: não fui ao cinema porque precisei trabalhar.

Porquê: este é um substantivo que significa “o motivo” e “a razão”. Exemplo: quero entender o porquê de não ter me levado ao cinema.

2. Atenção ao plural

Quando olhamos para o estilo informal da língua portuguesa, o plural costuma ficar em segundo plano. Ainda mais em tempos de comunicação por mensagens rápidas. A questão é que isso pode se tornar um vício, e se tornar um problema. 

Um jeito descomplicado de entender a regra é entender a exceção, o que se aplica no caso do plural. Guarde a dica: as únicas palavras em português que não mudam são as que terminam com a letra X. Por exemplo, “látex”, “triplex” e “clímax” não podem ir para o plural.

3. Bem, mal, bom, mau

Essas palavras ainda podem causar uma grande confusão. Como no caso do “por que”, nada melhor do que entender o significado de bom, mau, bem e mal para não errar mais. 

Então vamos lá. Bem é o antônimo de mal, e bom é o antônimo de mau. Ou seja, são opostos. Portanto, sempre que utilizar um, busque o antônimo. Exemplo:

Essa comida não cheira bem. Essa comida cheira mal.

Essa comida não está com cheiro bom. Essa comida está com mau cheiro.

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4. Hifenização

A hifenização ainda gera muita confusão, afinal, tem muitas regras. O chamado novo acordo ortográfico alterou algumas delas e trouxe dúvidas. Por exemplo, o hífen foi excluído quando o segundo elemento começar com “s” ou “r”, caso em que as consoantes devem ser duplicadas. Logo, “anti-religioso” virou “antirreligioso”, e “contra-regra”, “contrarregra”.

Também desapareceu quando o prefixo termina em vogal, e a palavra seguinte começa com vogal diferente, caso de “autoescola”.

5. Vêm ou veem

Essa regrinha também é interessante. Sempre que surgir a terceira pessoa do plural no presente do indicativo dos verbos “ter” e “vir”, é preciso descartar a letra duplicada, já que os dois verbos são uma exceção. O correto é um acento e apenas uma letra “e”. Nesse caso, eles “têm”, eles “vêm”.

Por outro lado, as palavras com “e” duplo dizem respeito à terceira pessoa do plural no presente do indicativo de outros verbos, que não entram para a exceção, como “eles veem”, “elas creem” e “eles leem”.

Com paciência e determinação, podemos evoluir gradualmente na nossa língua e tornar as comunicações muito mais simples.

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