O tempo passa, as gerações vão mudando e junto com as transformações em nossa sociedade a língua portuguesa, seja ela falada ou escrita, sofre mudanças significativas. Algumas palavras mudam sua forma de escrita, outras simplesmente caem em desuso e deixam de existir, ganhando uma substituta. O grande exemplo dessa história toda está nas gírias. Uma coisa é fato. O que nossos avós falavam, hoje não se fala mais. E as expressões que usamos hoje em dia serão consideradas ultrapassadas para os nossos filhos e as gerações seguintes. Assim é a língua portuguesa (e outros idiomas): dinâmica e sempre atual.
Neste post vamos resgatar o espírito de nostalgia e listar quinze palavras antigas que caíram no esquecimento do brasileiro e se tornaram apenas parte de nossa história. Confira a seleção abaixo!
Vosmecê era uma forma simplificada do pronome de tratamento Vossa Mercê, originalmente usada em Portugal para se referir a autoridades. Com o tempo, foi caindo em desuso até se chegar à forma conhecida como o popular você. Já imaginou um “Vosmecê quer ir à noite ao cinema?”
Assunar é bastante antigo e significa juntar. “Estou pensando em assunar os livros que deixei por toda a casa”.
Lero-lero (conversa fiada). “Meu primo veio falar sobre uma palestra que assistiu e me contou um monte de lero-lero”.
Borocoxô quer dizer ficar triste. “Fiquei meio borocoxô com a notícia da guerra que ouvi no noticiário agora de manhã”.
Supimpa transmite a ideia de algo bem legal. “Ontem assisti a uma peça de teatro supimpa!”
Chumbrega quer dizer coisa feia ou estranha. “Observe o vestido da comendadora, que coisa mais chumbrega”.
Casa da mãe Joana significa lugar onde todo mundo manda, sem dono. “Por favor, meu filho, arrume seu quarto. Aqui não é a casa da mãe Joana”.
Munheca, em outros tempos, era uma referência a pão-duro. “Aquele munheca tem a coragem de cobrar uma dívida de 200 cruzeiros, acredita?”
Convescote quer dizer piquenique. “Sábado levarei as crianças ao parque e faremos um convescote”.
Botica é sinônimo de farmácia. “Estou com dor de cabeça, vou até a botica comprar um remédio e já volto”.
Depós significa após. “Tenho de ir ao banco, mas só depós da consulta médica”. Muito parecido com o depois, que usamos atualmente.
Apalermado remete a bobo. “Não gosto das piadas do Francivaldo, parece um apalermado”.
Outrossim tem o mesmo efeito de também, além disso. “A Ana Cláudia está com o mapa dentro do carro, vamos segui-la. Outrossim, já esteve nessa chácara mais de uma vez”.
Pé de valsa (pessoa que dança bem). “A Alzira chamou a atenção no baile de sábado ao se revelar uma pé de valsa”.
Víspora (bingo). Refere-se ao jogo comumente praticado em quermesses e festas beneficentes. “Todo santo sábado meu tio Armando vai à festa do clube jogar víspora com os amigos”.
Relembrar palavras antigas é um exercício de curiosidade e uma forma divertida de manter viva a memória da nossa língua portuguesa. Se ficou interessado em saber mais, veja o livro “Pequeno Dicionário da Língua Morta”, do jornalista e escritor mineiro Alberto Villas, publicado pela editora Globo.
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Pastores Paulo E Viviane
muito bom me ajudou muito na minha licao de casa
Áureo Vinicius
Pé de valsa e casa da mãe joana ainda são bem comuns. Supimpa e lero-lero ainda escuto dos mais velhos.