Você que deseja estudar um novo idioma, já se perguntou quais são as línguas mais difíceis de aprender? O FSI, Instituto de Serviço para Estrangeiros dos Estados Unidos, o qual auxilia diplomatas no treinamento de novos idiomas, elaborou uma lista com as línguas mais complexas para se alcançar a proficiência para os que falam inglês. É claro que o nível de dificuldade vai depender de fatores inerentes ao indivíduo, como, por exemplo, motivação, comprometimento e treinamento da memória. Mas essa lista é um excelente norte e mostra alguns desafios que devem ser superados. Confira!

1. Japonês

O japonês tem três tipos diferentes de escrita (Kanji, Hiragana e Katakana) e um sistema de números que conta com duas pronúncias diferentes. Em resumo, exige que o aprendiz memorize uma quantidade considerável de símbolos e desenvolva uma habilidade de expressão com a qual os ocidentais não estão acostumados. Um outro fator interessante (e de certa forma complicador) é o contexto de um diálogo. Não se fala da mesma maneira com idosos, amigos, mulheres, crianças. Uma palavra colocada fora de seu “habitat” pode soar infantil, rude, ou seja, totalmente inapropriada.

2. Mandarim

Seguindo o mesmo princípio do japonês, o mandarim demanda que se compreenda milhares de caracteres. São mais de 50 mil (é isso mesmo), mas calma. Dizem que para compreender a leitura de um jornal é preciso conhecer cerca de 3 mil. E uma pessoa com um nível alto de educação domina aproximadamente 8 mil símbolos. Não se pode descartar também que o mandarim é uma língua em que o tom da pronúncia faz a diferença no significado da palavra. Então não é só saber dizer, mas também como dizer. Especialistas dizem que a fonética da língua não colabora para a memorização, portanto, esquecer como se diz tal coisa é algo normal.

3. Coreano

O coreano, que tem dois sistemas numéricos diferentes, é uma língua diferente, única, que não faz qualquer relação com outros idiomas. Isso por si só é um elemento dificultador, sobretudo para os ocidentais. Tal qual o japonês, o coreano é um idioma que está intimamente relacionado ao contexto em que se fala ou escreve. Quer um exemplo? Uma única frase nessa língua pode ser expressa de três formas distintas, dependendo da relação existente entre o emissor e o receptor. Outro ponto interessantíssimo do coreano está nos verbos, os quais podem ser conjugados de centenas de formas a depender do tempo, idade etc.

4. Árabe

O árabe possui um alfabeto com 28 letras. Pela quantidade de letras, pode parecer fácil em um primeiro momento, mas a realidade é um pouco diferente. A maioria das letras tem quatro formas, é só uma questão de saber se essa letra está sozinha, no início, no meio ou no fim de uma frase. No árabe, o verbo no presente tem 13 formas que combinam com a pessoa (primeiro, segundo ou terceiro), número (singular ou plural) e gênero (masculino ou feminino).

5. Estoniano

A Estônia tem uma das maiores taxas de alfabetização do mundo (99,8%), o que é excelente para o país, mas quem deseja aprender estoniano precisará fazer um esforço extra. O idioma tem muitas variantes e exceções gramaticais, o que dificulta a absorção do aprendizado do idioma como um todo. Por exemplo, as vogais e consoantes podem ter três tamanhos – curtos, longos ou muito longos – e, em muitos casos, acaba mudando o significado de uma palavra. Uma letra dobrada muda a história do significado.

6. Finlandês

O finlandês segue a tônica do estoniano, até porque é parte da mesma família. A gramática é bastante complexa, com inúmeras variações e classificações que fogem um pouco da tradição para os que estão habituados com o inglês, a língua universal. Usa-se princípios e estruturas semelhantes para expressar situações completamente diferentes. Por isso, é preciso muito estudo em sutilezas para entender o finlandês.

7. Húngaro

O húngaro tem as mesmas raízes do estoniano e do finlandês, então não dá para esperar um grau de complexidade diferente. A ideia de posse, tempo e número são aplicadas com 18 sufixos de casos. Na prática, isso quer dizer que uma ligeira alteração no sufixo muda completamente o sentido de uma frase. Além disso, existem muitos sons de vogais únicas (ö, ő, ú, ü, ű) e pares de consoantes (ny, sz, zs, dz, ly, cs) dificultando a pronúncia.

8. Mongol

Com o passar dos anos e das gerações, o sistema de escrita mongol evoluiu e hoje conta com dois cenários: alfabeto tradicional e o moderno. O primeiro, cuja leitura é na vertical, é usado no interior do país, enquanto o segundo, lido na horizontal, é o estilo adotado no cotidiano, inclusive no ambiente virtual. Há também o caso de os sufixos serem capazes de alterar o significado de frases inteiras.

9. Vietnamita

Assim como acontece no mandarim, a língua vietnamita é tonal, elemento que naturalmente já torna difícil o seu aprendizado. Interessante: existem seis tons indicados por diferentes símbolos (acento grave, acento agudo, um gancho, um til ou um ponto abaixo da palavra). Vale ressaltar que existem várias expressões diferentes de uma única palavra, cada uma com um significado dependendo do som. É o caso de memorizar os marcadores e reconhecer os sons. Um desafio e tanto.

10. Tailandês

Por se tratar de também ser uma linguagem tonal, o tailandês fecha essa lista das dez línguas mais difíceis de aprender. O idioma usa cinco tons diferentes, que podem mudar todo o contexto daquilo que está sendo falado. Nesse caso, a pronúncia é muito importante também. Por exemplo, diferentes caracteres são equivalentes a uma letra, mas há sempre uma pronúncia diferente, mesmo que sutil.

 

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