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O romeno é o assunto da vez aqui no blog da Gama! Separamos algumas curiosidades para você conhecer um pouco mais a língua e a cultura do país. Você sabia que o romeno é a língua oficial da Romênia, e não só desse país? E que apesar de o país estar no leste europeu, podemos dizer que há alguma semelhança com o português?
Veja cinco curiosidades da língua romena e dos romenos!
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1. Língua da Romênia, Moldávia e União Europeia
O romeno é uma língua falada por cerca de 28 milhões de pessoas no mundo, sobretudo na Romênia e na Moldávia, onde são línguas oficiais. Mas a língua também é falada em países vizinhos, como a Ucrânia, por exemplo. Estima-se que mais 4 milhões de pessoas tenham o romeno como segunda língua. A Romênia integra a União Europeia desde 2007, e o romeno é uma das 24 línguas consideradas oficiais da comunidade.
Existem duas teorias que abordam as origens do romeno. A primeira diz que a população remanescente da antiga Dácia, província romana onde hoje está a Romênia, foi a responsável pelo desenvolvimento da língua romena. Também se fala em outra hipótese, a de que os romenos chegaram ao território atual da Romênia somente no século 10.
O alfabeto romeno tem 31 letras, considerando Q, K, W e Y, as quais são utilizadas apenas em palavras estrangeiras, principalmente nomes.
2. O romeno e o português
O romeno está entre as línguas mais fáceis de aprender para quem domina a língua portuguesa. É isso mesmo! Pode parecer estranho para um idioma falado na Europa oriental, mas a estranheza termina quando se olha a origem do romeno. A explicação está na raiz latina da língua, a mesma do português. Portanto, há muitas semelhanças no campo da gramática e do vocabulário.
Essa proximidade quase trouxe um treinador de futebol romeno para o Brasil, neste ano, algo bem raro de se acontecer por aqui. O Santos de Pelé, um dos times mais tradicionais do Brasil, no final de 2019 fez uma proposta para Mircea Lucescu comandar o time. E a língua não seria uma barreira. Ao contrário, seria uma solução.
Isso porque o treinador romeno dirigiu o Shakhtar Donetsk (Ucrânia) por mais de uma década, precisamente entre 2004 e 2016, e o contato com brasileiros do time o fez aprender a língua portuguesa. Por fim, o acordo acabou não se concretizando, sobretudo por conta da distância entre o Brasil e a Romênia.
3. O romeno e a saudade
Se tem uma palavra complicada de se traduzir, essa palavra é saudade, que parece uma singularidade da língua portuguesa. Entre as línguas derivadas do latim, até se fala em soledad, em espanhol, por exemplo. Ou soletad, em catalão.
Mas, em ambos os casos, não se chega na amplitude do significado em português, já que se restringem à vontade de retorno ao lar. Já o romeno chega mais próximo à ideia do português, quando saudade é uma dor de ausência que, de certo modo, queremos sentir.
Só que expressão romena vem de outra palavra: dor, que em romeno é “durere”. Não dá para dizer que é exatamente a mesma coisa, mas são bem semelhantes.
4. Um cidadão romeno e a loteria
Ganhar na loteria, convenhamos, não é algo fácil de acontecer. Trata-se de algo muito raro e pontual, pelo menos aos simples mortais. Exceto para um romeno contador e matemático chamado Stefan Mandel, que foi premiado 14 vezes. E, claro, sem trapacear o sistema.
Tal feito é fruto de anos de pesquisas e dedicação. E da inteligência também. Acredita-se que Mandel, após anos e anos de estudos, utilizou uma fórmula até que simples. Ou seja, adquirir bilhetes com todas as combinações possíveis e imagináveis, desde que o valor da premiação fosse, ao menos, três vezes maior do que o investido na compra dos bilhetes.
5. Vejo flores em você
Florarie (floricultura) é algo que se vê com frequência nas ruas da Romênia. É um ambiente bastante frequentado porque presentear alguém com flores é um costume dos romenos. As pessoas ganham flores em diversas ocasiões, como aniversários, gravidez, datas comemorativas diversas e até no primeiro dia de aula. E também em funerais.
Aliás, uma curiosidade dos romenos é que o número de flores determina se a lembrança será para vivos ou já falecidos. Um buquê de rosas, por exemplo, com número par é para homenagear os que já partiram. Já quando o número é ímpar, é para alguém que iremos encontrar em vida. Curioso, não?