Difundir o conhecimento produzido na universidade. Esse é o principal objetivo da Enciclopédia de Antropologia, criada por estudantes e professores do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS) da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP.
A plataforma virtual, inaugurada em 2015, funciona como um meio de divulgação de conteúdos científicos. A ideia é auxiliar pesquisadores, bem como ser um canal de comunicação com pessoas interessadas nessa área do conhecimento.
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A Enciclopédia de Antropologia, que nasceu dentro da sala de aula, conta com verbetes, assinados, ordenados alfabeticamente, e que se encontram classificados em autor, obra, conceito, correntes, subcampos e instituições.
Valorização da produção acadêmica e sala de aula
De acordo com Fernanda Arêas Peixoto, coordenadora editorial da Enciclopédia junto com o professor André Sicchieri Bailão, o propósito original do projeto é que a plataforma virtual se alimente dos diálogos em sala de aula.
Além disso, que os verbetes sejam escritos pelos estudantes, valorizando assim a produção acadêmica. Ou seja, os textos se dirigem tanto ao iniciante quanto ao iniciado. E, para quem deseja se aprofundar no assunto, pode-se acessar uma bibliografia de apoio.
Ainda segundo Fernanda, professora da FFLCH, como o objetivo é transcender o ambiente acadêmico, a proposta é trazer conteúdos curtos, mas ricos, deixando os jargões de lado. Inclusive, os verbetes que constam na Enciclopédia são utilizados como recurso didático em salas de aula dentro das universidades, além de serem mencionados em trabalhos acadêmicos, blogs, sites e até em diálogos nas redes sociais.
Os visitantes podem pesquisar através de palavras-chaves, pelo índice alfabético ou então pela lista de verbetes. Hoje, são mais de 60 conteúdos disponíveis para pesquisa.
Desde o seu nascimento, o projeto vem crescendo gradualmente. Tanto é que recebeu recursos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). A equipe vem crescendo, inclusive com professores e pesquisadores de outras universidades públicas tais Unicamp, Unifesp, Unesp e UFSCar.
Evolução e contribuição
E como a intenção é expandir o saber, é possível contribuir com a produção de verbetes. Basta acessar o site e enviar os conteúdos à equipe organizadora por e-mail. O comitê editorial avalia os novos verbetes entre os meses de março a agosto.
Para os editores, o verbete é um texto enxuto, produzido de forma objetivo, sem adjetivos, para que seja acessível a não especialistas. Trata-se de um texto simples, mas longe de ser simplista, que deixe claro a densidade do assunto tratado.
O modelo de verbete como produção intelectual, vale dizer, é diferente de um artigo acadêmico, ou mesmo dos ensaios e das resenhas. Para escrevê-lo é necessário readequar as formas de linguagem.
Conforme conta Fernanda, essa comissão editorial cuida da qualidade dos verbetes. Além da avaliação, a comissão abre diálogo com os autores para, eventualmente, fazerem adequações no conteúdo para que se chegue ao modelo já estabelecido pela enciclopédia.
Importante: apesar do nome, os responsáveis pela plataforma fazem questão de ressaltar que não se pretende transmitir a ideia de totalidade ou completude. Ao contrário, é um conteúdo em constante construção.