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O Dia de Los Muertos é uma festa antiga mexicana. Sua origem, de acordo com historiadores, remonta mais de 3000 anos. Em síntese, os povos ancestrais homenageavam os mortos, conservavam crânios e os apresentavam em rituais a fim de celebrar o ciclo natural da vida, a morte e o renascimento.
A partir daí essa expressão cultural ganhou ares de festividade no México. Hoje, inclusive, o Dia de Los Muertos é reconhecido como patrimônio cultural e imaterial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
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E, ao contrário do que se possa imaginar, a celebração ocorre também além do território mexicano. Estados Unidos, algumas regiões do Canadá e países da América Central, regiões nas quais existe grande concentração de mexicanos, são exemplos de locais que fazem suas festividades no Dia de Los Muertos.
Honra à memória dos mortos
A comemoração de grande representatividade no México, começa ainda na noite de 31 de outubro (o Halloween na cultura americana) e vai até 2 de novembro (Dia de Finados). A festa é dividida em duas etapas. No primeiro dia, as homenagens ficam concentradas naqueles que faleceram no período da infância. E no segundo, a comemoração se dirige aos mais velhos.
Não se trata de uma homenagem à morte, ao contrário. Na verdade, a festa nada mais é do que uma celebração da vida, pois a morte é vista como uma parte do ciclo da vida. Trata-se de uma honra à memória daqueles que já morreram, especialmente membros da família.
Portanto, o Dia de Los Muertos se transforma em uma festa de respeito, cercada com muitas comidas típicas, decorações especiais, música e altares e oferendas, que se espalham por todas as cidades do México.
Altar, homenagem e muita comida
A comida é parte importante no Dia de Los Muertos porque os povos antigos acreditavam que os mortos voltavam à Terra neste período para se conectar com os familiares e amigos queridos e, também, para aproveitar a oferenda montada em sua homenagem. Vale destacar três pratos típicos dessa festividade:
- Pan de Muerto: pães de baunilha e laranja cobertos com açúcar.
- Tamales: um tipo de pamonha acompanhada por feijão e molhos.
- Caveirinhas de açúcar: doces em formato de caveira.
Além disso, as oferendas, colocadas em altares com fotos, flores, velas, pratos com sal, jarros de água e incensos, também contemplam pratos e bebidas que os mortos gostavam.
Um dos símbolos mais populares da festa mexicana é a aparição do personagem La Catrina, um esqueleto de uma dama característica da alta sociedade. A ideia é recordar que diante da morte as diferenças sociais não significam absolutamente nada. O nome, diga-se, vem de “La calavera de La Catrina”, gravura de José Guadalupe Posada, artista mexicano.