A Academia Brasileira de Letras (ABL) está levando o conteúdo do seu site para centenas de países nos quatro cantos do mundo com a ajuda da tradução: são mais de 100 idiomas contemplados! A novidade é válida tanto para as línguas mais faladas no mundo, como, por exemplo, inglês, espanhol, alemão, árabe e francês, até as menos usuais, como hebraico e o zulu.

A iniciativa veio depois de um estudo interno que constatou um alto número de visitantes estrangeiros ao site da ABL interessados em conhecer a história da entidade, bem como as informações e os textos mais contemporâneos. Sendo assim, o idioma não poderia se tornar uma barreira.

“Na medida em que caminhamos todos na perspectiva de uma cultura da paz internacionalizada, tirando partido da globalização, tiramos o que nos parece mais vantajoso que é o diálogo entre os povos. Teremos a presença dos nossos escritores em todas as partes do mundo”, avalia Marco Lucchesi, presidente da ABL.

Além disso, o processo faz parte de um movimento de integração com outras academias, como a Pontifícia Academia de Ciências, fundada em Roma, em 1603; e a Academia Real da Espanha, além de parcerias com órgãos da Alemanha, Romênia, entre outros países.

Aumento do fluxo no site com a tradução

De acordo com Lucchesi, ao levar o conteúdo da ABL para outras nações, deve haver, de início, um aumento de 10% no número de visitantes, hoje em torno de 7 e 8 mil pessoas, conforme informações da entidade. E, com a divulgação dessa novidade, os acessos poderão dobrar ou até triplicar, acredita Lucchesi, que faz questão de destacar o conteúdo vasto oferecido na página on-line da Academia, que tem em torno de 30 mil páginas. “É um site muito rico e bem estruturado, de alto alcance em nível internacional”, acrescenta.

A tradução é válida apenas ao conteúdo escrito do site, portanto, não se aplica a imagens, vídeos ou áudios, que continuarão sendo exibidos na língua portuguesa. Segundo informações da ABL, o portal da Academia Brasileira de Letras terá seu conteúdo sempre produzido e exibido, em primeiro lugar, em português.

O processo funciona assim: quando o sistema detectar a possibilidade de se tratar de um usuário estrangeiro, o site oferecerá uma barra de idiomas, que não aparece no site quando acessado no Brasil. Então, se o internauta decidir não fazer a leitura em português, poderá selecionar o idioma desejado, tudo de forma fácil e rápida.

Site acessível também para deficientes

O presidente da ABL destacou ainda que a ABL tem trabalhado nos últimos meses para garantir o acesso inclusivo de deficientes visuais ao conteúdo do site da instituição. O objetivo, de acordo com Lucchesi, é permitir, em um futuro próximo, acesso mais fácil e amigável para pessoas com deficiência visual, por meio de recursos de voz.

Lucchesi, inclusive, adiantou que há um encontro agendado para discutir o tema com representantes do Instituto Benjamin Constant. “Isso nos obriga, com muita alegria, diga-se de passagem, a repensar todos os processos, sobretudo o processo tátil de uma aproximação segura e confortável. No mês de julho essa visita será feita”, concluiu.

Fonte: Agência Brasil

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